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domingo, 4 de novembro de 2012

15 ideias para domar um adolescente

Os conflitos entre pais e adolescentes têm aumentado, mas nada está perdido: para saber como lidar com a fase mais irritante do ser humano, entrevistámos o psicólogo espanhol Ángel Peralbo, autor do livro ‘O Adolescente Indomável’.

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Ser um pai ou mãe descontraído
“Os pais sentem-se hoje muito culpados, e por isso não estão descontraídos a educar e a viver com os seus filhos”, começa por notar Ángel Peralbo. “Claro que cometem erros na sua educação, mas não é preciso pensar muito nisso porque todos nós cometemos erros a educar os nossos filhos. Sem culpa, os pais ficariam mais tranquilos e, curiosamente, seriam mais atuantes, porque a culpa a única coisa que consegue é paralisar-nos. Não fazemos nada porque nos sentimos impotentes, e achamos que está tudo perdido.”
Desbloquear a culpa
Como se desbloqueia a culpa? “Percebendo a situação e percebendo aquilo que queremos. Digo muitas vezes aos pais, claro que fazemos muitas coisas mal, mas também fazemos muitas coisas bem, e nessas nunca pensamos. Temos de nos concentrar no que podemos fazer agora, e esquecer o passado, que é inútil.”
Não os deixar pensar que podem ter tudo
“Esse é um dos problemas mais graves, porque estamos atualmente a ver a derrocada desse modelo”, nota o psicólogo. Esta vai ser a primeira geração que vai ter uma vida mais difícil que a dos seus pais, e eles não estão preparados para isso. Como se podem preparar? “Quanto antes. E não tenhamos medo de pôr um adolescente a trabalhar em casa. A única coisa que podemos temer são as suas reações, que são lógicas se nunca foram obrigados a trabalhar antes. É normal que se zanguem e que tenham dificuldade para se adaptar, mas vão acabar por se habituar, e os pais têm de pensar que vão criar pessoas bem adaptadas ao mundo. Precisamos de jovens que trabalhem, que se responsabilizem, que tenham limites, mas esses limites não são eles que se vão pôr a si próprios, têm de ser os adultos a fazê-lo...”
Não ter medo dos filhos
Esse medo tem aumentado? “Em Portugal não tanto, mas em Espanha sim. Temos atualmente números assustadores de filhos que agridem os pais. É um problema até agora não detetado de pais que têm sido demasiado transigentes desde a infância. E é algo de que nos envergonhamos, um pouco como na violência doméstica. Vem outra vez a culpa, e a tendência é calarmo-nos e aguentarmos, em vez de resolver o assunto.”
Não perder a comunicação positiva
Podemos ter em casa um adolescente terrível e problemático, mas não devemos deixar de lhe dizer que gostamos dele. “Há que evitar as discussões e brigas constantes, porque isso é um terreno onde o adolescente vai ganhar sempre. O que os pais têm de fazer é manter-se firmes naquilo que acham verdadeiramente importante – não às drogas, cuidado com as companhias, fazer os trabalhos de casa, ajudar nas tarefas, não chegar muito tarde a casa – nesse tipo de coisa os pais não devem transigir. Quando o adolescente entende claramente quais são as suas obrigações, tem gosto em cumpri-las.” Há coisas que têm de ser proibidas? “Claro que sim. Crianças de 13 ou 14 anos que fumam canabis ou bebem álcool não podem achar que têm direito a isso... Claro que as regras que se aplicam aos 13 anos não se aplicam aos 17.”
Preparar a adolescência desde criança
Um adolescente não nasce de geração espontânea, cria-se de pequenino. “Se bem que uma criança sossegada nem sempre dê um adolescente sossegado”, nota Ángel Peralbo. “Por isso, os próprios pais têm de saber mudar, têm de saber estar próximos sem os sobreproteger, pôr limites mas também ceder. Hoje está muito na moda dizer que se deve ‘negociar’ com as crianças. Não creio que haja alguma utilidade em negociar com as crianças, porque chegam à adolescência a pensar que tudo é negociável, e não é assim. Os pais têm de manter a sua autoridade.”
Incentivar a autonomia
Assim que possível, deixar que o filho saia de casa. “Muitas vezes, é a partir daí que a relação entre pais e filhos melhora”, nota Ángel. “A partir de certa idade, os filhos querem-se longe dos pais. Hoje em dia é complicado, mas deve ser feito, e deve-se deixar que eles tenham dificuldades, porque toda a gente tem. Os pais têm muito medo do desamparo dos filhos, acham que não vão ser capazes de sobreviver, mas são. Em resultado, estão a viver numa relação demasiado simbiótica, que não é boa para ninguém.” Portanto, saiam de casa. “Os pais gostam de os manter em casa seguros, sãos, bem alimentados – e dependentes. Mas um pai deve dar ao filho a capacidade de autorregular-se. Há muito a ideia do estudante eterno, mas vejo muitas vezes que é quando os filhos saem de casa e começam a trabalhar que recuperam o verdadeiro prazer pelo estudo. Porque aí, não estudam no vazio.”
Criar laços afetivos
“Precisamos de filhos trabalhadores e responsáveis. Mas não precisamos de filhos sós, que é diferente.” Há muitos adolescentes sós? “Há famílias que não se tornam próximas das crianças na infância, e muito menos na adolescência. A adolescência é a etapa em que tudo fica um pouco mais difícil – não impossível – por isso é preciso haver alguma preparação. Insisto muito em que os pais devem ser flexíveis – e isto não significa permissivos – mas saber adaptar-se ao filho que têm (são todos diferentes) e à sua idade. E têm de manter a calma, porque o adolescente vai pegar nas nossas falhas e fragilidades e jogá-las contra nós.”
Manter-se otimista
“Eu estou otimista, apesar de tudo, porque estamos a viver uma situação difícil e um tempo problemático, mas também temos cada vez um maior grau de consciência por parte dos pais e dos professores. Percebem cada vez melhor que é importante ser positivo e falar das coisas e querer agir, e que os adolescentes são um diamante em bruto: têm muito de bom, só temos de ajudá-los a trabalhar isso.”
Viver no presente
“Sejam capazes de trabalhar no presente: o passado não interessa”, aconselha Ángel. “Não nos percamos em pensamentos inúteis, a pensar no que podíamos ter feito e não fizemos. Isso é completamente inútil. Concentremo-nos em trabalhar com o que temos agora.”
Trabalhar em conjunto
“Tudo é mais fácil se tivermos um marido ou mulher que nos ajude, se tivermos uma família que nos apoie em vez de nos culpar, quando a escola sabe os problemas que temos. Também ajuda partilhar com outros pais.”
Recuperar o autocontrolo
“É importante conseguirem manter--se firmes, porque há muitas decisões a tomar. E a partir daí, saber ser um pai ou mãe afetivo, saber estar próxima do seu filho. Isso é o fundamental.” Ser um pai ou mãe descontraído
“Os pais sentem-se hoje muito culpados, e por isso não estão descontraídos a educar e a viver com os seus filhos”, começa por notar Ángel Peralbo. “Claro que cometem erros na sua educação, mas não é preciso pensar muito nisso porque todos nós cometemos erros a educar os nossos filhos. Sem culpa, os pais ficariam mais tranquilos e, curiosamente, seriam mais atuantes, porque a culpa a única coisa que consegue é paralisar-nos. Não fazemos nada porque nos sentimos impotentes, e achamos que está tudo perdido.”
Desbloquear a culpa
Como se desbloqueia a culpa? “Percebendo a situação e percebendo aquilo que queremos. Digo muitas vezes aos pais, claro que fazemos muitas coisas mal, mas também fazemos muitas coisas bem, e nessas nunca pensamos. Temos de nos concentrar no que podemos fazer agora, e esquecer o passado, que é inútil.”
Perceber porque estão os jovens descontrolados
Os adolescentes estão mais descontrolados agora? Ou é um descontrolo próprio da idade? “As duas coisas. A adolescência sempre foi um período em que se põe tudo em causa e em que a vida está em turbilhão. Por outro lado, assistimos a um nível de conflito na família e na escola que era dantes inimaginável. Dantes isto só ocorria em famílias desestruturadas. Hoje em dia, acontece em famílias ditas normais, em colégios normais, em ambientes normais. Claro que a maioria dos nossos adolescentes são fantásticos. Mas tem havido um enorme aumento de adolescentes conflituosos, porque houve uma mudança no estilo educativo.”
Não deixar arrastar um problema
Hoje, os pais têm grande dificuldade em exercer a sua autoridade, e também têm menos oportunidade para exercê--la, uma vez que passam menos horas com os filhos... “Claro. As crianças também estão muito adultas desde pequenas: têm mais informação, educam--se umas às outras, são mais seguras. E a coisa não está fácil para os pais: vão deixando andar, transigem, não se querem chatear, têm menos tempo.” Ou seja, vão fechando os olhos, e com o passar dos anos os pequenos problemas vão-se tornando uma bola de neve. “Os pais fazem o que sabem, mas com as crianças de hoje isso muitas vezes já não funciona, e há que procurar outros métodos. Não devem deixar acumular os problemas. Claro que nunca é demasiado tarde, mas quanto mais tarde mais difícil de resolver.”

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Como lê uma criança cega ou com baixa visão? Através de audiolivros.



Como lê uma criança cega ou com baixa visão? Através de audiolivros. Estes chegam também, e pela primeira vez, aos alunos com dislexia. O projecto, uma parceria do Ministério da Educação, da Fundação Vodafone Portugal e da Porto Editora.

O projecto DAISY 2012 – a sigla inglesa Digital Accessible Information System, um sistema digital de acesso à informação.
O programa criado em 2005 e que até agora contemplava apenas alunos cegos e com baixa visão, estende-se agora aos estudantes com dislexia que passam a poder ler e ouvir em simultâneo, facilitando-lhes a compreensão do que lêem. O programa informático tem como objectivo facilitar a leitura e permite ao estudante controlar a velocidade de leitura, mas também escolher o tipo e o tamanho da letra, mudar a cor de fundo e utilizar atalhos no teclado. Por exemplo, um aluno com baixa visão pode aumentar o tamanho da letra até conseguir lê-la ou um disléxico pode mudar a cor do fundo do texto de maneira a facilitar-lhe a leitura.
Esta versão “reformulada e melhorada do EasyReader”, permite que os estudantes tenham acesso a manuais escolares ou outros livros de leitura recomendada, usados por milhares de estudantes portugueses, explica Filomena Pereira, directora de serviços de educação especial da Direcção-Geral de Educação (DGE).

Ao todo estão a ser produzidos cerca de quatro dezenas de manuais escolares e obras de leitura recomendada, que deverão chegar ainda este ano lectivo a largas centenas de alunos cegos ou com baixa visão e com dislexia, informa o gabinete de comunicação da Vodafone. Dos audiolivros produzidos destacam-se os manuais das disciplinas de História, Ciências Naturais, Tecnologias de Informação e Comunicação e obras de leitura recomendada, como Os Lusíadas,Os Maias e Viagens na Minha Terra.
Portanto, com o novo software os alunos com necessidades educativas especiais deixam de estar limitados à oferta disponibilizada pela DGE e passam a ter acesso a outro tipo de literatura portuguesa e estrangeira. O acesso“torna-se universal” congratula-se Filomena Pereira.
Já os professores podem produzir conteúdos áudio para os seus alunos, através do uso deste programa. Para esta produção de conteúdos especializados, a DGE vai promover acções de formação.



terça-feira, 23 de outubro de 2012

Caixa de Correio

 
Já temos a nossa caixa de correio na Escola C+S, junto à recepção, para que possam dar as vossas sugestões. Ficamos a aguardar, pois só assim podemos ajudar os nossos filhos a ter uma escola ainda melhor.
 
 

sábado, 20 de outubro de 2012

Há mais estudantes a beber e a consumir cannabis

                           

Há mais estudantes a beber e a consumir cannabis

                           

Governante sustenta que em alturas de crise os consumos aumentam

Governante sustenta que em alturas de crise os consumos aumentam (Foto: Jerry Lampen/Reuters)
O consumo de álcool, de tabaco e de droga aumentou entre os alunos das escolas públicas, revelam os primeiros resultados do Inquérito Nacional em Meio Escolar divulgados esta quinta-feira, em Lisboa.
No ensino secundário, mais de dois terços (68%) dos alunos disseram, quando foram questionados, que tinham ingerido álcool nos 30 dias anteriores e 16% relataram uso de drogas — sendo que a mais consumida é, de longe, a cannabis.
Isto significa que 40 mil jovens do secundário reportam consumos recentes de cannabis. E que o aumento em relação ao último inquérito, feito em 2006, foi de sete pontos percentuais, quebrando uma tendência de quebra que parecia desenhar-se em anos anteriores.
No que diz respeito ao álcool, a evolução é semelhante. O número dos que relatam consumo “nos últimos 30 dias” cresceu 10 pontos percentuais. A cerveja é a bebida preferida (51%), seguida das destiladas (50% dizem ter consumido no mês anterior ao inquérito). Dois em cada dez jovens relatam episódios de embriaguez recente.
No 3.º ciclo do ensino básico a tendência é semelhante. Em 2006, 32% dos alunos diziam ter bebido no mês anterior ao inquérito. Em 2011, a percentagem subiu para 37%.
Quanto às drogas, a percentagem de consumo nos “últimos 30 dias” passa de 5 para 6% — o que corresponde à volta de 23 mil alunos. O número dos que falam de embriaguez nos últimos 30 dias mantém-se estável (7%).
Este números não revelam a quantidade de jovens que já experimentaram alguma das substâncias analisadas no estudo — essas são sempre muito maiores e basta dizer que no secundário, por exemplo, o peso dos que contam que já consumiram cannabis alguma vez na vida é de 29%.

Mudanças nas smartshops

O estudo, da responsabilidade do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências, o organismo que sucedeu ao Instituto da Droga e Toxicodependência, abrangeu cerca de 65 mil alunos. A recolha de dados aconteceu em Maio de 2011.
Esta manhã, durante a apresentação, o secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, lembrou que em períodos de crise há uma tendência para o aumento dos consumos. E mostrou-se preocupado com o facto de parecer estar a ganhar terreno a ideia de que a cannabis é inócua. “É uma percepção errada. O consumo de cannabis aumenta o risco de psicoses, de esquizofrenia” e de outras doenças, como “mostram vários estudos científicos”.
Sublinhou ainda a necessidade de regulamentar a venda de álcool a menores de 18 anos. E prometeu mudanças para breve na legislação relacionada com as smartshops (“que de smart têm pouco, pelo que considero essa expressão demasiado benévola”, disse), onde se vendem as chamadas “drogas legais”.
“Essas substâncias têm uma elevadíssima toxicidade”, lembrou Leal da Costa. E o facto dos seus efeitos serem muitas vezes desconhecidos dos próprios médicos faz com que os serviços de urgência dos hospitais tenham muito mais dificuldade em lidar com os casos de intoxicação que lhes chegam.