A EB2 Pêro da Covilhã, a EB2,3 do Sabugal e a EB2,3 Pedro Álvares Cabral, em Belmonte, foram as primeiras escolas da região intervencionadas por causa do amianto – um produto potencialmente cancerígeno. A retirada das placas de fibrocimento decorreu durante as férias da Páscoa, tal como noutros nove estabelecimentos de ensino de todo o país, que reabriram anteontem sem esse material perigoso.
Segundo informação do Ministério da Educação, vão ser efetuadas obras similares em mais 40 escolas, entre as quais a Sacadura Cabral, em Celorico da Beira, nos meses de verão, aproveitando as férias escolares. É a primeira etapa de um programa nacional para a remoção de coberturas de fibrocimento, que são proibidas na União Europeia, mas as escolas mais antigas contém este produto nas instalações. O programa foi anunciado em março, como uma das medidas para o cumprimento de uma lei da Assembleia da República, de fevereiro de 2011, que obrigava o Governo a apresentar, no prazo de um ano, uma lista dos edifícios públicos contendo amianto e a elaborar uma estratégia para a sua remoção nos casos de risco para a saúde pública.
O Ministério da Educação vai investir seis milhões de euros nestas obras, que resultam de um levantamento realizado em 2007 em que foram identificadas 739 escolas com cobertura de fibrocimento, num universo de 1.222 então sob a tutela direta da administração central. O levantamento não esclarecia cabalmente, no entanto, o número total de estabelecimentos em que havia de facto situações de risco. A Parque Escolar já removeu o amianto de dezenas de escolas, entre as 165 em que já fez obras desde 2007.